25/09/2015

Top 8 histórias de 2014

Confira as oito maiores histórias da indústria dos cassinos

O universo dos cassinos é fascinante e sempre rende grandes histórias. As notícias mais recentes, no entanto, não são tão animadoras. A indústria bilionária sofreu duros golpes e entrou em um período de reestruturação. Em 2014, o mercado da Ásia desacelerou bruscamente e dois grandes grupos norte-americanos entraram em crise. Veja abaixo a lista das oito maiores histórias da indústria dos cassinos em 2014, segundo o site especializado em jogos e esportes CalvinAire.com:

8. A Controversa Vantagem de Phil Ivey 

Phil Ivey

O craque norte-americano Phil Ivey é amplamente reconhecido como o melhor jogador de poker do mundo, com cerca de $40 milhões de dólares em ganhos ao vivo e online. E como todo apaixonado por jogos, Ivey pode ser frequentemente encontrado tentando a sorte nos cassinos. De volta a 2013, Ivey faturou mais de $20 milhões de dólares nas mesas de baccarat, jogo em que a sorte prevalece sobre a habilidade. No mesmo ano, o Crockfords Casino entrou com um processo contra o jogador, sob a alegação que ele teria trapaceado. O Atlantic City Casino de Borgata fez o mesmo em 2014. Em ambos os casos, Ivey admitiu tirar vantagem de pequenas imperfeições nas figuras impressas no verso das cartas e alegou que a culpa não seria sua, e sim do fabricante dos baralhos. O Crockfords, que já havia se recusado a pagar cerca de $10 milhões ao jogador, ganhou a causa. O Atalntic City, por sua vez, ainda tenta recuperar o prejuízo.

7. Estagnação das Receitas em Singapura 

Singapura

Em 2013, as receitas dos dois resorts integrados de Singapura cresceram menos de 4%, contra 19% dos seus concorrentes de Macau. No ano seguinte, no entanto, os dois mercados desaceleraram significativamente. Apenas no primeiro semestre de 2014, o número de visitantes chineses em Singapura caiu 30%. Ainda assim, o modelo regulatório implementado no país é visto com bons olhos por seus vizinhos na Ásia, que estudam adotá-lo em seus mercados internos. A confiança cresceu e a desaceleração nas receitas já dá sinais de estagnação.

6. Conflitos Trabalhistas em Macau

Macau

Insatisfeitos com os salários estagnados e as condições de trabalho, os funcionários dos cassinos de Macau foram às ruas em 2014. O movimento não surgiu o efeito esperado frente aos operadores e os sidicatos resolveram atacar com ações trabalhistas. Para diminuir o impacto dos processos, os cassinos transferiram funcionários para outras jurisdições e tentaram contratar trabalhores de fora, mas foram barrados pelas leis locais. Com o impasse, não restou outra alternativa a não ser oferecer uma série de bônus anuais, mas os sindicatos não ficaram satisfeitos. O impasse deve continuar em 2015, mas a situação não é das melhores para os trabalhadores, uma vez que o mercado enfrenta a primeira crise de sua história.

5. Las Vegas Estabelece Novo Recorde de Visitantes

Las Vegas

As comparações entre Las Vegas e Macau tornaram-se inevitáveis desde que a província chinesa resolveu investir pesado no mercado dos cassinos. Até 2009, Vegas reinava absoluta na comparação ano a ano. No entanto, o mercado de Macau decolou nos anos seguintes, superando a "Sin City" em números absolutos. Atualmente, os dois mercados estão em baixa, mas a desaceleração de Vegas é praticamente nula frente a queda de 20% nas receitas de Macau. A cidade norte-americana tem um grande trunfo contra seus concorrentes asiáticos: mesmo com a queda no movimento dos cassinos, os badalados restaurantes, piscinas e grandes shows continuam lotados. Em 2014, Las Vegas ultrapassou pela primeira vez a marca de 40 milhões de visitantes apenas um ano.

4. Reviravolta no Japão

Japão

Animados com a iminente abertura do mercado japonês, três grandes grupos de cassinos travaram uma guerra de ofertas bilionárias em 2014. O Las Vegas Sands saiu na frente, prometendo investir $10 bilhões de dólares na constução de um cassino, mas MGM Resorts logo cobriu a proposta. O Caesars Entertainment, por sua vez, afirmou que não teria dificuldades em levantar o financiamento necessário para construir um cassino de classe mundial no Japão. No entanto, uma reviravolta frustou os planos dos três grupos, pelo menos por ora. Forças políticas e conservadoras se opuseram à entrada dos cassinos no país e a crise econômica levou o Primeiro-Ministro a antecipar as eleições para novembro, deixando o processo de licitação para 2015. A oferta mínima deve subir para $15 bilhões.

3. A Queda do Caesars Entertainment

Caesars

Em 2008, durante o "boom" econômico nos EUA, a Apollo Global Management e a TPG Capital assumiram o controle do fundo de hedge da Harrah’s após uma transação de mais de $30 bilhões de dólares. Mas com a recente queda no movimento dos cassinos norte-americanos, os novos detentores do Caesars Entertainment "mergulharam" em dívidas impagáveis. E para evitar o pagamento das dívidas e manter seus funcionários, os contadores do Caesars encontraram uma solução nada convencional. Um dos credores do Caesars descobriu transferências irregulares em seus ativos mais rentáveis, sob a forma de "saques inimaginavelmente descarados e abusos irreparáveis da adminstração". Ainda assim, as irregularidades ainda não foram comprovadas por um tribunal. Uma semana antes do Natal, a Caesars anunciou que havia chegado a um acordo para decretar falência em janeiro.

2. A Ruína do Atlantic City

Atlantic City

Assim como a Harra's, a Revel vendeu ativos na década passada e seus novos controladores contraíram dívidas impagáveis. No entanto, ao contrário do Caesars, o Atlantic City não recorreu a uma fórmula mágica para reverter a situação. Logo no início de 2014, o  Atlantic Club Casino & Hotel fechou suas portas e em junho outros dois cassinos também encerraram suas atividades. O Trump Taj Mahal ainda "respira", mas deve aumentar a lista de baixas em 2015. De acordo com o último relatório mensal do ano passado, seis entre os oito cassinos do grupo registraram lucro na comparação ano a ano. Os "cortes" equilibraram as contas do Atlantic City, mas deixaram milhares de trabalhadores desempregados. Mais "enxuto", o Atlantic City deve estabilizar suas receitas nos próximos anos, mas não deve passar de apenas mais um grupo regional de cassinos em um futuro próximo.

1. Queda nas Receitas em Macau

Macau

Após uma década de crescimento contínuo, as receitas da indústria dos cassinos de Macau caíram pela primeira vez em 2014. O governo chinês "apertou" as políticas de empréstimo e crédito para os operadores intermediários, como parte de uma campanha anti-corrupção após um rombo de mais de US$1 bi, e a atividade VIP caiu drasticamente. No início, os operadores locais encontraram um "bode espiatório" para a crise: a Copa do Mundo da FIFA no Brasil. Mas com o fim do campeonato, as receitas caíram ainda mais. Atualmente, as opiniões sobre o futuro de Macau estão divididas; os otimistas acreditam que a crise terminará no segundo semestre de 2015, com o lançamento de dois novos grandes empreendimentos na Cotai Strip, mas os moderados descrevem a atual situação como um "novo normal". Ainda assim, vale a pena lembrar que os cassinos de Macau faturam em três meses o mesmo valor que seus concorrentes em Las Vegas levantam em um ano.

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