21/10/2019

Cassino é pecado?

Duas freiras apostadoras que trabalhavam num colégio católico deram o que falar! Uma história de suspeitas, delitos e perdão. Confira aqui no Cassino.Org

Os cassinos online e os cassinos tradicionais são sempre tema de debate. Quando ainda não de todo regulamentados, a discussão é sobre quando e como será. E uma vez em pleno funcionamento as conversas giram ao redor de outras questões decorrentes do funcionamento. Na primeira situação mostrada temos o caso brasileiro. Já na segunda ocasião temos, por exemplo, o caso da Espanha, dos Estados Unidos ou mesmo do Uruguai.

Neste artigo contaremos uma história que aconteceu justamente nos Estados Unidos, país de intenso movimento de jogadores. As protagonistas são duas freiras que tem em comum um pecado e o cassino. Afinal, cassino é pecado?

Cassino é pecado? Aparentemente para duas freiras da arquidiocese de Los Angeles, nos Estados Unidos, que roubaram 500 MIL dólares. O dinheiro seria destinado a apostar em cassinos de Las Vegas. Neste caso, cassino é pecado, mas mais que isso, é crime. Veremos mais de perto essa história.

As irmãs Lana Chang e Mary Margaret Kreuper admitiram que roubaram a significativa quantia de uma escola católica californiana. O dinheiro foi usado para apostar em cassinos de Las Vegas além de pagar as viagens e a estadia.

As informações foram divulgadas pelo próprio colégio roubado. A arquidiocese, no entanto, contestou dizendo que não iria apresentar acusações formais porque ambas haviam se arrependido do ato cometido. Talvez pior que o crime foi para as irmãs o pecado. A ordem responsável por Chang e Kreuper confirmou que restituiria o dinheiro furtado.

A irmã Mary Kreuper era responsável pelo colégio em questão e a outra era professora no local. O dinheiro foi furtado diretamente das matrículas e outros ingressos. Além do mais, o dinheiro de doações da escola católica St. James de Torrance também foi utilizado.

Localizado num subúrbio costeiro no sudoeste da cidade de Los Angeles, o centro escolar enviou aos pais dos alunos um comunicado. Nele contaram o sucedido, segundo o jornal Press-Telegram.

Os responsáveis de Los Angeles explicaram que o furo nas contas foi descoberto através de uma auditoria de rotina. As especulações dão conta de que as freiras estiveram por pelo menos uma década desviando o dinheiro da escola.

No entanto, o valor acima mencionado foi descoberto somente para 6 anos de investigações bancarias. Os auditores explicaram que ficaram de fora da varredura as transações realizadas com dinheiro vivo. Esses foram os dados apresentados aos pais dos alunos na primeira reunião formal entre a direção e os familiares dos alunos.

CASSINO É PECADO PERDOADO

Ainda nessa reunião, a arquidiocese deixou claro que não irá punir as ex-funcionárias que durante anos exerceram a função de educadoras morais dos alunos. Mesmo assim, a polícia informou que as irmãs estiveram envolvidas numa enorme quantidade de dinheiro escolar para fins pessoais.

As pecadoras deixaram a escola no início do ano de 2018 e eram tidas como grandes amigas. Após mais de 20 anos trabalhando no local as duas prometeram que iriam devolver o dinheiro desviado. E também que se arrependiam.

Ainda que o pecado tenha sido perdoado, as duas sofreram duras consequências. A congregação a que fazem parte (Irmãs de São José de Carondelet) se comprometeu a restituir o valor integralmente. Além disso, colocou cada uma delas em conventos separados.

A VOZ DA CONGREGAÇÃO

Segundo a instituição “a comunidade está preocupada e entristecida pela situação e lamentamos qualquer dano a nossa longa relação com a escola”. O vínculo entre uma e outra se iniciou em 1918.

A época da auditoria, a escola percebeu a diretora Kreuper muito nervosa ante a revisão das finanças da escola. A diretora ainda tentou que alguns funcionários modificassem, sem sucesso, alguns registros. Um auditor interno percebeu esses movimentos e alertou a congregação de que algo não estava bem.

Ainda intrigada com a situação, a arquidiocese contratou um auditor independente para fiscalizar a suspeita que tinham. Depois de uma análise rigorosa o auditor descobriu que as irmãs tinham uma “conta esquecida” que somente elas tinham acesso. A conta foi aberta em 1997 e os dados bancários foram recuperados apenas até 2012.

Segundo o advogado do colégio eles sabiam que as irmãs viajavam frequentemente e que tinham hábito de irem a cassinos. O que não se sabia era que essa conta encontrada era usada como conta particular.

Como se vê os cassinos não se restringem aos números e salões, mas também em histórias curiosas como essa. E aí, conhece alguma freira apostadora?

Cassino é pecado?