11/04/2018

O Globo: “Fonte de receitas desperdiçada”

O escritor e historiador Ney Carvalho teve um artigo publicado no jornal O Globo na última segunda-feira (09 de abril). O assunto foi a liberação do jogo no Brasil, com destaque para as apostas esportivas.

Enquanto o debate atual é focado principalmente em cassinos e bingos no Brasil (jogos disputados nos países vizinhos, em casas que recebem muitos brasileiros), Ney Carvalho destaca um aspecto relevante da discussão, que não recebe a devida atenção: as apostas esportivas. ”Elas são uma realidade à disposição de quem possua um cartão de crédito e um computador ligado à internet”, diz.

Segundo estudos, há cerca de 500 sites de apostas hospedados em países estrangeiros atuando no Brasil, inclusive disponibilizando navegação e atendimento em português. O Brasil é visto como um mercado de grande potencial pelos operadores estrangeiros.

Em 2014, as apostas esportivas foram aprovadas no país, mas a então presidente Dilma Rousseff vetou  a proposta, considerando que a Receita Federal (apesar de ser apontada como uma das mais eficientes do mundo), não possuía condições de fiscalizar as operações.

Patrocínio a clubes e competições

Outra grande vantagem da liberação das apostas esportivas, também apontada no artigo de Ney Carvalho, é a fiscalização das competições. Há máfias internacionais que buscam fraudar competições esportivas, então o interesse dos sites de apostas (maiores prejudicadas com as fraudes) é auxiliar na investigação de compra/alterações de resultados.

Algumas competições brasileiras já são patrocinadas por sites de apostas esportivas. Dois bons exemplos são a Copa do Brasil (competição que disponibiliza maior prêmio para o campeão na América Latina) e o Campeonato Paulista.

No Europa é comum clubes de futebol serem patrocinados por sportsbooks. Caso as apostas também fossem permitidas no Brasil, certamente um grande volume de patrocínios seriam injetados no “nem tão rico” futebol brasileiro.

“A abertura das apostas esportivas no Brasil teria o triplo condão de ajudar a sanear o esporte, trazer novos aportes ao patrocínio, liberando os bancos estatais de tais funções, e obter apreciáveis receitas tributárias, dadas a amplitude de nosso mercado e a paixão popular por futebol. É chegada a hora de o governo liberar e regulamentar o tema, para que os tributos gerados pelas apostas esportivas possam beneficiar as finanças públicas no país e não ficarem livres de taxação em paraísos fiscais”, conclui Ney Carvalho.
 

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O Globo: “Fonte de receitas desperdiçada”