03/01/2018

Os impactos da legalização do jogo no mercado de trabalho

Com o avanço do jogo online uma regulamentação se torna inevitável no Brasil.

2018 será um ano cheio. A reforma da previdência e a eleição devem gerar muitas discussões em Brasília e nas redes sociais. Além disso, há a Copa do Mundo. Em meio de tudo isso uma pauta positiva pode ganhar espaço, dada a constante busca do Governo por alternativas que gerem arrecadação e empregos para o país. Essa pauta é a legalização do jogo no Brasil.

A discussão é inevitável. Na maior parte dos países desenvolvidos a regulamentação das apostas já é um assunto superado. Outro fator que apressa a legalização são os jogos online. É impossível impedir que os brasileiros apostem e joguem online em sites estrangeiros, e é possível perceber a presença dos operadores de países europeus em comerciais no intervalo de partidas de futebol e outros esportes, ou até mesmo patrocinando competições como a Copa do Brasil. Estima-se que se as apostas online fossem tributadas no Brasil seriam arrecadados R$ 2 bilhões ao ano.

Outra necessidade é combater o jogo ilegal. O jogo não regulado estimula a corrupção e a lavagem de dinheiro, e sem o devido acompanhamento da lei, os viciados em jogo (cerca de 2% dos jogadores) não podem ser impedidos de apostar.

Empregos e arrecadação

Uma das grandes referências quando se trata do jogo é o Reino Unido, líder da indústria, com um mercado de mais de dois bilhões de Libras ao ano. Para neutralizar a perda de impostos com o aumento das apostas em sites fora do país, o Reino Unido aprovou uma lei para taxar o jogo online baseado na residência do jogador. Esse tipo de estratégica financeiro-tributária certamente estará na agenda daqueles profissionais que forem trabalhar com esse tipo de atividade. Na Itália, os cassinos online movimentam cerca de 100 bilhões de Euros ao ano, o que representa 15% do total movimentado com essa modalidade de jogo no mundo. Lá cada cassino online necessita de uma licença própria e específica para operar.

Mas não é necessário ir muito longe para se ter exemplos. Na Argentina 150 mil pessoas são empregadas por casas de jogo. Estipula-se que num país com o potencial do Brasil poderiam ser gerado 600 mil empregos em casas de bingo, jogo do bicho e cassinos, e a arrecadação com impostos poderia ser similar a que hoje é obtida com o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).

 
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